Desenrola já está na mira de golpes em redes sociais; veja como se proteger
Desenrola Brasil já é alvo de golpes por meio das redes sociais; Idec instrui sobre como se proteger
O Desenrola, programa de renegociação de dívidas do governo federal, já é alvo de tentativas de golpes em redes sociais como o Facebook e WhatsApp.
Segundo identificou a Folha de S. Paulo, ao buscar pelo termo “Desenrola” na biblioteca de anúncios do Facebook, centenas de links patrocinados são mostrados, sendo que parte deles redireciona o usuário para sites fraudulentos.
Ainda conforme o jornal, um destes simula um chatbot que faz perguntas aos usuários e faz promessas enganosas sobre o programa, como descontos de 99% na renegociação das dívidas.
A Agência Lupa checou que, desde segunda-feira (17), circulam no WhatsApp link que instrui os usuários a entrarem em um link falso, que supostamente seria do Serasa. Vale destacar que o programa funciona, nesta primeira fase, a partir da busca do cliente inadimplente pelo banco — e não o contrário —, dessa maneira, links que direcionam para a renegociação são suspeitos.
Como se proteger de golpes
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) reforça que os interessados em participar do programa devem realizar a negociação diretamente com o banco que possui dívida. A entidade orienta que não trate da questão com terceiros e não abra links suspeitos.
Ainda, destaca que aqueles que tem dívidas de até R$ 100 com bancos participantes do programa terão as dívidas quitadas automaticamente. Dessa forma, não é preciso realizar nenhuma ação, como negociação ou entrar em contato. O processo ocorre de forma automática.
“Se alguém oferecer qualquer tipo de negociação por essas dívidas, é golpe. E atenção, o programa vai quitar apenas as dívidas bancárias. Ou seja, se você deve a empresa de energia elétrica, de água, a loja de eletrodomésticos, a dívida não será quitada neste primeiro momento”, diz o instituto.
Desenrola Brasil
Primeira fase
A primeira fase do Desenrola Brasil irá atender aos endividados da Faixa 2 do programa. Se encaixam nessa fase os devedores com a renda de até R$ 20 mil. As negociações são válidas por dívidas inscritas até 31 de dezembro de 2022 e que seguem ativas.
Uma das regras de pagamento é o prazo mínimo de 12 meses para pagamento. Além disso, apenas dívidas bancárias poderão ser renegociadas. Para participar desta faixa do programa, é necessário contatar diretamente os bancos pelos canais da instituição ou presencialmente.
A Faixa 2 não atende as dívidas de:
- Crédito rural;
- Débitos com garantia da União ou de entidade pública;
- Dívidas que não tenham o risco de crédito integralmente assumido pelos agentes financeiros;
- Dívidas com qualquer tipo de previsão de aporte de recursos públicos; e
- Débitos com qualquer equalização de taxa de juros por parte da União.
Segunda fase
A segunda fase do Desenrola começará em setembro e irá atender aos beneficiados da Faixa 1.
Fazem parte da Faixa 1 do Desenrola Brasil as pessoas com renda mensal de até dois salários mínimos ou inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Dívidas de até R$ 5 mil, feitas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022, poderão ser renegociadas.
Regras de pagamento:
A taxa de juros será 1,99%;
- A parcela mínima será de R$ 50;
- O pagamento pode ser feito em até 60 parcelas;
- O pagamento pode ser feito por débito em conta, Pix ou boleto bancário.
A faixa 1 do Desenrola não abrange casos de dívidas com garantia real, dívidas de financiamento imobiliário, dívidas de crédito rural e operações com funding ou riscos de terceiros. Esta faixa engloba dívidas bancárias e de consumo — como contas de água, luz, telefone e compras no varejo.
Para participar dessa fase, o Desenrola irá desenvolver um aplicativo. Além disso, é possível fazer o cadastro pelo site do Governo Federal. Confira o passo a passo:
- Acesse o site www.gov.br;
- Clique em “entrar com o gov.br”;
- Preencha o campo com seu CPF;
- Crie uma conta ou entre em seu login;
- Se o programa estiver disponível para você, o cadastro também será disponibilizado.
Fonte: Money Times