Travessia Urbana de Juazeiro teve explanação do projeto executivo para a sociedade nesta sexta-feira, 15

Evento foi realizado pelo Colegiado do Curso de Engenharia Civil da Univasf e contou com a participação do DNIT, demais órgãos envolvidos no processo, além de políticos e população

A expectativa de ver as transformações que a Travessia Urbana trará para Juazeiro soma-se aos incômodos que a mesma já apresenta ao cotidiano da cidade. Exatamente para mitigar esses efeitos e poder expor à sociedade os passos de uma obra de grande complexidade foi que nesta sexta-feira, a convite do Colegiado de Engenharia Civil (CCivil) da Univasf que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), representado pelo Superintende do órgão na Bahia, Roberto Alcântara e equipe técnica apresentaram à sociedade os detalhes do projeto.

A obra total tem prazo de execução de 3 anos, no entanto, Roberto Alcântara explicou que a obra é distribuída por etapas e essas serão entregues à medida que forem finalizadas. “Criamos um grupo de trabalho para que pudéssemos estudar quais as melhores intervenções a serem feitas de maneira que, por exemplo, que tipo de comunicação podemos realizar com o apoio do município e da imprensa local para estar informando à população de forma mais assertiva sobre o que irá ocorrer nos próximos dias no viaduto 3, ou em que momento vamos interditar a BR235, caso seja necessário. Então, o trabalho consiste em concluirmos uma etapa e entregarmos, e assim irmos liberando o tráfego. É assim que queremos trabalhar para que a comunicação chegue à população”, observa Alcântara.


O superintendente expôs que no momento há duas etapas importantes da obra em execução: na 235, nas proximidades da Churrascaria Chimarrão e no viaduto em construção na antiga rotatória da Lagoa de Calu. “Essas são as principais intervenções do momento, mas também estamos preparando as pilastras próximo a ponte, porém ainda sem nenhuma grande mudança no trânsito, mas que virá e será colocado pra toda sociedade. Importante colocar aqui que a nossa expectativa é de que em outubro o trecho da 235 seja liberado em outubro, trazendo mais tranquilidade”.


Durante a apresentação técnica e as indagações do público revelou-se que o projeto não contempla a construção de passarelas e nem de ciclovias, o que na opinião do prefeito Universitário da Univasf e professor do Curso de Engenharia Civil, João Pedro da Silva Neto, mostra que o tema mobilidade urbana precisa ser amplamente debatido pela sociedade civil. “Enquanto muitos querem separar o Brasil do Nordeste, Juazeiro e Petrolina se impõem com essa obra ligando esse país. Então a Univasf entende esse processo, entende que é necessário estarmos acompanhando tecnicamente e por isso fizemos essa provocação para esse momento, para criar essa ponte com o DNIT, de propor passarelas, ciclovias, mas vimos que eles não têm, e é assim mesmo, mas é nosso dever mostra-los dessa necessidade urbana porque o DNIT está acostumado com as intervenções de rodovias federais, que são mais pontuais, e acabam não tendo essa percepção. não vamos encerrar nosso dialogo sobre a necessidade de termos essas vias por segurança da população e por uma questão ambiental e, por isso é fundamental trazer a sociedade para o debate e participar dessa construção, de um projeto tão caro pra toda a região do Vale do São Francisco”, coloca João Pedro.


Na opinião do servidor público, Dante Duarte, não é possível inserir Juazeiro num plano de desenvolvimento e investimento sem o projeto da Travessia Urbana. “Esta obra é a alavanca para um novo patamar de progresso. Teremos uma cidade com melhor mobilidade urbanística, qualidade de vida e oportunidade de negócios. O juazeirense sonho com todas as repercussões positivas que uma intervenção desta magnitude pode gerar!”.


A obra da Travessia Urbana é de responsabilidade do Ministério da Infraestrutura e DNIT e tem o orçamento previsto de mais de R$ 180 milhões. Inclui a duplicação da área urbana da BR-407, no trecho entre a rotatória do Mercado do Produtor de Juazeiro até a Ponte Presidente Dutra, com ampliação das faixas de rolamento, além da construção de cinco viadutos e alças de acesso, e alargamento de todo trecho da BR-235 começando com a construção de um viaduto na região da Lagoa de Calú.

Para o deputado estadual Zó, a Travessia é uma conquista que chega após uma luta de muito anos. “Há mais de duas décadas, quando eu ainda era vereador, a gente já participava da discussão sobre a necessidade que Juazeiro tinha em melhorar a sua mobilidade urbana. E isso, sem dúvida alguma, passava pela duplicação da ponte e a continuidade com o que na época chamávamos de Anel Viário. Hoje vermos essa grande obra iniciada, que começou e terminará com o presidente Lula, é motivo de muita alegria e orgulho”.

Já o ex-prefeito Isaac Carvalho, responsável por criar o projeto, fazer gestão para que o mesmo fosse aprovado e em 2016 iniciado com o primeiro trecho, a Travessia Urbana é o maior empreendimento de infraestrutura da história de Juazeiro e trará muitos benefícios. “A partir da idealização, ainda em nossa primeira gestão, até o pedido direto ao presidente Lula que de imediato foi sensível ao nosso pleito e sinalizou positivamente, foram muitas as etapas. Desde o aprimoramento e melhoria do projeto, parcerias com nossas bancadas legislativas em Brasília junto aos órgãos competentes, passando pelas mudanças do cenário político que entre 2017, com a saída da presidenta Dilma, até os 4 anos do último presidente, a obra que havia sido iniciada o primeiro trecho entre o Posto Fiscal e o Atacadão, ficou parada. Mas graças a Deus e ao esforço de uma frente ampla, mas a volta do presidente Lula, estamos vendo o que antes era um sonho e muita luta, sendo realizado”.

O também ex-prefeito Paulo Bomfim, cujo primeiro trecho da obra foi concluído em sua gestão, falou da importância do evento conclamado pela Univasf para que sejam minimizados os transtornos à população. “A sociedade veio aqui entender, através do DNIT, o que a empresa que está executando a obra poderá fazer para buscar facilitar o fluxo do trânsito cirando os acessos alternativos já que a Prefeitura não se planejou adequadamente para isso”.

Questionada sobre os problemas reclamados pela população em consequência do reinicio das obras da Travessia, a prefeita Suzana Ramos explicou que já vem mantendo diálogo constante com o DNIT e que a gestão municipal iniciou algumas ações visando melhorar a situação. “A gente entende os problemas que o povo de Juazeiro está enfrentando e pedimos um pouco de paciência. Precisamos entender que é por um motivo de progresso e desenvolvimento para a cidade. Estamos com uma operação tapa-buracos nas principais avenidas e melhorando os acessos com a CSTT. Essa é uma obra pela qual também lutamos e estou muito feliz por ela estar sendo executada”, concluiu.

Da Redação

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