BC aumenta projeção de crescimento do PIB de 2% para 2,9%

Estimativa de inflação se mantém em 5% este ano

O Banco Central elevou de 2% para 2,9% sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A informação consta do relatório de inflação do terceiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (28).

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale a bem-estar social.

O aumento na projeção ocorre após o anúncio de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano e 0,9% no segundo trimestre (de abril a junho). Em ambos os casos, as projeções ficaram acima das estimativas do mercado financeiro.

“A revisão decorre da elevada surpresa positiva no segundo trimestre e, em menor medida, de previsões ligeiramente mais favoráveis para a evolução da indústria, de serviços e do consumo das famílias no segundo semestre”, informou o Banco Central.

  • Com o aumento, a projeção do BC para o crescimento da economia brasileira neste ano passou a ficar em linha com a expectativa do mercado financeiro – que viu, na semana passada, uma alta de 2,92% para o PIB em 2023.
  • O resultado para o PIB deste ano estimado pelo BC também representará, se confirmado, uma estabilidade em relação ao patamar do ano passado – quando a expansão foi de 2,9%.

O Banco Central ainda projetou uma expansão da economia de 1,8% para o ano de 2024. Esta é a primeira vez que a instituição divulga uma projeção oficial para o PIB do ano que vem.

Na quarta-feira (27), o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, afirmou em audiência pública na Câmara dos Deputados que o PIB cresceria 3% neste ano e 2% em 2024. Com isso, ele arredondou as projeções oficiais divulgadas nesta quinta-feira pela instituição.

Na ocasião, Campos Neto afirmou que os economistas do mercado têm sido mais pessimistas em suas projeções sobre o PIB, em relação ao resultado apurado posteriormente.

“O que nos faz pensar que as reformas estruturais de vários governos tem tido impacto, e que o crescimento potencial pode ser revisado para cima”, declarou nesta quarta-feira.

Para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Banco Central manteve sua estimativa para 2023 em 5%.

“Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se, no cenário de referência, o aumento da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior em 2023, que passou de cerca de 61% no relatório anterior [divulgado em junho] para 67% neste relatório”, informou o BC.

Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para esse ano é de 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. O mercado financeiro estimou, na semana passada, que a inflação medida pelo IPCA somará 4,86% nesse ano.

Para 2024, a projeção do BC para o IPCA subiu de 3,4%, em junho, para 3,5% no documento divulgado hoje. A meta de inflação do próximo ano é de 3%, e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

FONTE: g1

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