15% dos pequenos comércios pretendem contratar nos próximos três meses

Dados do Sebrae e da Confederação Nacional do Comércio (CNC) sinalizam que os empresários do setor estão mais confiantes com a geração de empregos até o fim do ano

Na expectativa pelas vendas de Black Friday, Natal e Ano Novo, a empresária Eleni Costa já correu à frente e abriu processo seletivo para contratar mais dois novos funcionários para a sua loja de calçados, localizada no shopping JK, em Taguatinga, no Distrito Federal. A expectativa da comerciante, que começou como sacoleira e há oito anos tem um ponto físico, é de que o faturamento seja 30% maior em comparação ao ano passado.

“Temos quatro funcionários atualmente e espero que, neste fim de ano, melhore o faturamento. A Black Friday e o Natal são duas datas que nos deixam bem confiantes, mas que nos anos anteriores ficaram bem abaixo do que esperávamos. Tenho fé que vai dar certo desta vez”, prevê a empresária.

Assim como a Eleni Costa, cerca de 15% dos empresários do Comércio entrevistados em setembro esperam contratar mais funcionários até o fim do ano – o valor é 1,4% superior ao registrado em agosto deste ano. As informações são do boletim mensal Sondagem Econômica MPE, conduzido pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), cerca de 110 mil postos de trabalho temporários ao redor do país devem ser gerados nos próximos meses.

O dado caminha junto ao Índice de Confiança das Micros e Pequenas Empresas (IC-MPE), que mostrou que a confiança dos empresários no terceiro trimestre deste ano superou em 3,5 pontos a marca registrada na média dos três meses anteriores. A confiança em dias melhores dos donos de pequenos negócios vem acompanhada da redução da inflação, aliada à melhora do mercado de trabalho, as políticas de mitigação do risco fiscal e de ações de redução do endividamento dos consumidores.

São sinais concretos de melhora da economia. O PIB tem previsão de crescimento de 3,1%, a projeção para a inflação recuou de 4,75% para 4,65%, a taxa de desocupação caiu para 7,8%. Além da tendência de queda nas taxas de juros e a geração de empregos em alta. Com mais vagas neste fim de ano, há um cenário ainda mais otimista para os empresários e para a população, em geral, que se beneficia com mais dinheiro circulando.

Décio Lima, presidente do Sebrae.

Os dados da Sondagem dos Pequenos Negócios apontaram ainda que caiu o número de empresários que pretendem reduzir o número de funcionários – passou de 8,8%, em agosto, para 8,1%, em setembro.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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